QUANTOS SÃO OS DIAS DOS ANOS DA TUA VIDA?
QUANTOS SÃO OS DIAS DOS ANOS DA TUA VIDA?
Texto Bíblico: Gn 47.7-10; Sl 31.15,16.
INTR. – Nem parece que é verdade mais estamos chegando ao final de mais um ano. Vivemos tempos tão intensos, devido às muitas tarefas que devemos cumprir que às vezes acreditássemos que os dias de hoje são menores que em tempos passados. Chegamos a afirmar, com indisfarçável nostalgia, que outrora a vida passava mais lentamente.
Essa concepção, naturalmente, é um ledo, risonho, alegre engano.
Um dia sempre teve 24 horas e uma semana, 7 dias. Isso desde a época de Adão, mesmo que ele não contasse o tempo de modo como fazemos hoje.
Achamos que a vida passa mais rápido atualmente porque somos cidadãos de uma cultura completamente diferente de qualquer outra na história da humanidade.
Vivemos na era da Internet, do WhatsApp, Facebook, etc., da resolução instantânea de problemas pela automação eletrônica. Não há tempo a perder, é o que todos repetem. Tempo é dinheiro, dizem outros. Neste mundo globalizado somos como peças na grande engrenagem que é a vida em sociedade. Quem vive nas cidades enfrenta mais diretamente as influências desse modelo de civilização. Entretanto, quem mora no campo, não fica completamente alheio, principalmente devido ao acesso aos meios de comunicação, que traz o mundo para dentro de casa.
Vivemos em alta velocidade, tendemos, realmente, acreditar que os dias são menores ou que o tempo passa cada vez mais rápido. O tempo passa. Essa é uma verdade inexorável, implacável, inabalável. Por isso mesmo devemos aproveitá-lo bem!
Consciente dessa realidade, Paulo adverte-nos a usar bem cada oportunidade, afinal os dias são maus (Ef 4.16).
Como temos usado o tempo que Deus nos dá e que passa (“com muita rapidez”)?
Temos diante de nós grandes responsabilidades. Levantemos nosso olhar e vemos milhões de brasileiros que não conhecem àquele que dá sentido à vida e, consequentemente, a salvação eterna – Jesus Cristo!
Trabalhemos com tal afinco, perseverança, persistência para que, no futuro, quando nossa história for escrita e comentada, possamos receber menção honrosa, senão igual, pelo menos aproximada àquela recebida pelos heróis do Antigo Testamento. Essa história encontra-se na Epístola aos Hebreus, e, com a experiência que tenho no ministério, conhecendo a gravidade do momento que a Igreja de Cristo está atravessando, que aproveitem o inicio do novo ano e leiam a preciosa Epístola aos Hebreus, e, nela você terá sua fé, esperança e ânimo, para os servos de Jesus, para enfrentar um mundo cada vez mais sob o governo do deus deste século, conforme o apóstolo Paulo nos adverte na primeira carta aos Coríntios no cap. 4 e verso 4. Meditemos então no nosso tema:
Quantos são os dias dos anos da tua vida? Essa pergunta de Faraó, rei do Egito, ao velhíssimo patriarca Jacó, é uma pergunta natural para nós também, nesta passagem de ano. Acredito que não haja uma pessoa que não esteja pensando sobre a sua vida, como ela tão depressa passa, tal qual um vapor. Grande massa saúda o novo ano com folguedos carnavalescos, recusando-se a reconhecer que o tempo passa e que mais cedo ou mais tarde apresentar-se-ão perante o Juiz de todo o Universo. Mas também há outros que, nesta hora estão reunidos nas igrejas, ouvindo a Palavra de Deus, assim declarando que sua vida aqui na terra é apenas uma curta peregrinação que precede sua residência eterna na Nova Jerusalém. Esta diferença de atitude também se nota,
I. NO CONTRASTE ENTRE O PATRIARCA JACÓ E O REI FARAÓ.
O leitor, se lembra que Jacó teve filhos e que um desse, José, foi vendido por seus irmãos e levado ao Egito onde passou por uma série de duras experiências. Contudo, com a bênção divina, foi elevado à alta posição de vice-governante dessa terra. Depois houve uma fome terrível na Palestina, que obrigou à família de Jacó a procurar trigo no Egito e foi José quem lhes vendeu o precioso produto. Após lhes revelar sua identidade, causando-lhes o mais profundo arrependimento, José providenciou a remoção integral da família para o Egito. O texto registra o encontro oficial entre os dois chefes, Jacó, ou Israel, “príncipe com Deus”, representando o reino espiritual, e Faraó, o grande e ostentoso rei do Egito, o país mais desenvolvido do tempo. Imagino a esplêndida corte, e os magníficos prédios, os mais importantes da época. Ali, a esse ambiente estranho foi conduzido Jacó, o peregrino pastor de ovelhas. Sim, materialmente falando, era grande o contraste entre esse simples homem de Deus, manco, de 130 anos de idade, dono apenas de algum gado, e o monarca sentado no trono. Enquanto os campos de Canaã ardiam em seca reinante, as margens do Rio Nilo eram qual tapete verde de cereais. Ali estavam também as pirâmides, que durante sucessivos milhares de anos têm sido as maiores obras de arquitetura humana. Ali se deitava a enigmática Esfinge, símbolo e glória do Egito. Como se sentia seguro nesse dia o monarca do Nilo! Como eram fortes seus exércitos que dominavam a situação política mundial! Das mais longínquas terras suas caravanas comerciais traziam as especiarias mais raras, diamantes e pedras preciosas. Os famosos cavalos da Arábia encontravam-se prontos para a guerra. Que riqueza! Sentindo pena do pobre Jacó, pai do seu bom administrador José, Faraó então lhe perguntou: “Quantos são os dias dos anos da tua vida? ”. Pergunta que revela dó apenas. O testemunho de Jacó conta a simplicidade do homem que vive na fé em Deus. Pode apenas dizer que alcançara 130 anos de vida, mas poderia ter esclarecido que viveu grande parte disso, porque Deus o salvou da mão do seu gêmeo Esaú que o quisera matar. Jacó relatou o fato de serem poucos os seus dias e que esses haviam sido maus, do ponto de vista material. Muitas haviam sido as lutas por ele passado, se bem que devia ter contado que isso foi também o resultado de sua natureza de “suplantador”, como indicava seu Deus. Seu único alvo na vida fora esse – alcançar a bênção divina e essa ele alcançou! Abençoado pelo Deus Altíssimo, como fora, Jacó bem podia permanecer como “peregrino” na terra! Que importava que não construísse cidades, templo e universidades, uma vez que da sua descendência sairia o Messias, o Redentor da inteira raça humana! Essa peregrinação, então, foi “pela fé” como se lê em Hb 11.9: “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11.10). Percebemos então que Faraó fazia um juízo muito errado sobre o sucesso ou fracasso da vida de Jacó, julgando pelas aparências, sem levar em conta o invisível, a promessa de Deus ao homem da fé. Esse é sempre o perigo para nós, propensos como somos, de estabelecer.
II. CRITÉRIOS ERRADOS SOBRE O SUCESSO.
Faraó, movido puramente de compaixão humana, concedeu à família de Jacó a terra de Gosen para morar, mas não imaginando que essa família se tornasse em nação independente, que finalmente se tornasse à terra de Canaã, e que essa será ainda, nos fins dos tempos, a primeira nação do mundo! Em sua capital, a Jerusalém, Jesus estabelecerá seu governo milenial.
Hoje, neste momento, é hora de determinar o que é a tua vida, amado ouvinte. Assim, como fazem os homens de negócio, vamos fazer também o balanço. É bom lembrar que
1. O sucesso na vida não se mede pela gratificação carnal.
A vida não é um jogo de xadrez. A vida não é uma dança em sala iluminada. A vida não consta de coquetéis e bebedeiras. A vida não é jogar baralho, e nem tão pouco entregar-se à volúpia imoral da carne. A vida não é ser mais valente do que o próximo e ameaçá-lo de morte. A vida também não consiste de conseguir as maiores honras escolásticas, por muito boas que sejam. Não consiste do domínio político, mesmo que esse fosse de âmbito mundial. Salomão diria: “Tudo é vaidade”! Preciso esclarecer também que
2. O sucesso na vida não se mede pela tristeza experimentada.
O arado da tristeza havia aberto profundos sulcos na vida de Jacó, contudo era ele um grande sucesso. O nosso caminho muitas vezes é escurecido pela sombra da morte. Somos às vezes traídos, caluniados, repudiados e maltratados por causa de Cristo. Contudo, esse escabroso e tenebroso caminho, e cheio de espinhos, é o caminho do sucesso! João Milton, o famoso poeta, estava perdendo a visão quando ouviu falar que seu inimigo Salmaius regozijava-se no triste fato. Mas isso não destruiu do sucesso de Milton. Também devemos lembrar que
3. O sucesso na vida não se mede pela quantidade de dinheiro ganho.
Entre o povo do mundo é comum ouvir o comentário: “Olha lá, como ele fez sucesso! Vê como ele fez negócios! Como enriqueceu!” Reconheço que o dinheiro tem um valor, mas a medida do sucesso ele não é, pois os valores espirituais são muito superiores ao valor econômico. O dinheiro pode comprar educação, uma casa confortada, mesa farta, cultura social, a vida de lazer, poder político e um rico mausoléu para receber o corpo, mas o dinheiro não representa a medida do sucesso, de maneira nenhuma.
III. O CRITÉRIO CERTO SOBRE O SUCESSO.
Encontra-se na Bíblia, a Palavra de Deus.
1. O sucesso na vida é ser salvo por Jesus Cristo! Se a pessoa ganhasse o mundo inteiro e perdesse a sua alma, seria ainda o maior fracasso, pois, que daria o homem em troca de sua alma? Pode ser que esteja falando agora a alguém que é filho de crente, mas não convertido, ou a alguém que se desviou do caminho santo. Que bela oportunidade, então para voltares à casa paternal!
Certa vez um jovem marinheiro escocês, a fim conhecer o mundo, deixara o lar aos 16 anos. Viajara em todas as partes, mas o profundo anelo de sua alma nunca foi satisfeita. No último dia do ano, em São Francisco, da Califórnia foi convidado a um baile do clube Escocês e desde cedo começou se aprontar, quando de repente, começou a meditar sobre a sua vida, seus muitos pecados, sobre tudo quanto à eternidade. Pensou em corrigir sua vida, mas verificou que nenhum resultado traria, pois muitas vezes tomou idênticas resoluções, e nenhuma mudança foi verificada. Pensou nas cartas de sua mãe que sempre aconselhavam a entregar-se a Jesus. Assim ele orou: “Senhor Deus, não suporto mais a vida que estou levando, socorre-me, socorre-me!” O arrependimento foi muito grande e durante várias horas passaram-se sem se lembrar mais do baile do Ano Novo. Quando olhou o relógio já eram 11,35 hs. Durante 6 horas havia estado em oração a Deus! Em vez de ir ao clube, saiu em procura de algum culto de vigília. Achou um num teatro alugado e o pregador já pronunciava seu sermão, convidando os pecadores a virem a Cristo que podia salvar o mais perdido. Sentado naquele último banco, o marinheiro aceitou a Jesus por seu Salvador pessoal, compreendendo o que Jesus fez por ele ao morrer na cruz. Quando alguém lhe perguntou, após o culto, se era crente, ele já podia dizer, “Graças a Deus sou salvo por Jesus”. Ao passar pelo meio das multidões de foliões que celebravam a entrada do ano novo, ele pensava: “Mas eu tenho coisa melhor do que vocês têm!”Que Deus desperte o ouvinte a seguir o mesmo caminho e entrar no ano novo como nova criatura em Jesus Cristo. Também quero lembrar a todos que
2. O sucesso na vida é desenvolver-se espiritualmente.
A vontade de Deus é que o crente em Jesus seja mais consagrado, que busque mais ao Senhor e que ande em Sua presença todos os momentos. Nós, do movimento pentecostal, temos que muito nos dê satisfação, quanto ao ano que se finda. Quantas vitórias conquistadas, quantas bênçãos gloriosas! Mas não podemos parar e pensar que isto basta. Antes, “deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição”. (Hb 6.1).
Certa vez um jornalista andava no campo com o famoso estadista crente David Lloyd George da Inglaterra. Para não perder uma sentença dos lábios do grande homem, o jornalista esqueceu-se e deixou aberta uma porteira. Mr. George voltou e fechou a porteira, e contou o caso dum velho médico que, ao morrer, chamou seus filhos e filhas à beira de sua cama. Esse os exortou a, através da vida, não permitirem o “gado” – as tristezas e dissabores – passar duma fase da vida para outra O estadista considerou esse conselho o mais sábio que tinha recebido. É verdade mesmo. O ano de 2017 causou-te alguma tristeza, ou desapontamento? Deixa isso com Deus! Não deixe passar o “gado” do pasto de 2017 para o pasto de 2018.
Sobre as três portas da Catedral de Milão, existem as três seguintes inscrições: A primeira entrelaçada com rosas esculpidas, diz: “Tudo que agrada perdura apenas por um momento”. A segunda, junto a uma cruz, diz: “Tudo que nos atribula perdura apenas por um momento”. A terceira sobre a porta central declara o grande fato: “Vale apenas somente aquilo que é eterno”! Salvar a tua alma, amado ouvinte, é o assunto mais urgente nesta hora. Lembra-te, os anos vividos neste mundo, não são comparados com a eternidade, e na eternidade, você irá deparar-se com a realidade. Onde irás viver a eternidade? No céu ou no inferno? No céu e nem no inferno, se precisa mais contar o tempo e nem tão pouco de um valioso curriculum.
Ao deparar-se com a eternidade, o apóstolo Paulo, cuja vida, depois de encontrar-se com Jesus, foi toda de sucesso, embora enfrentasse muitas dificuldades, e, assim ao final da sua vida escreveu: “Já estou sendo oferecido por aspersão e o tempo da minha partida está próximo” Dizia o grande rei de Israel, Davi: “Os meus dias estão nas tuas mãos!”
Faça sua declaração agora mesmo, e Deus irá te abençoar rica e poderosamente.
Pr. Adilson Faria Soares.